(do meu livro «Sonhando acordada»)
E se eu caminhar só, por essa estrada,
cabelos soltos mas, no peito um nó?
Seguindo como quem vai atrasada,
sentimentos revoltos, muito dó.
Quem se cruza comigo não entende;
encontra um rosto algo inexpressivo.
Só Deus, lá bem no alto compreende:
revolta, é sentimento opressivo.
Eu tenho dó de amar recordações,
eu tenho dó de amar a natureza;
a quem ama sobram desilusões...
perdemos o conceito da beleza.
As flores que os meus pés pisam, que pena!...
Até algum bichinho mais afoito,
encontram morte bem pouco serena,
no mar de insanidade onde me acoito.
A montanha sorri, da minha pressa.
O arco íris tem um pote d'ouro
no final do caminho, e a promessa
de encontrar teu amor, o meu tesouro.
Caminho, cada vez mais apressada,
na ânsia louca de me encontrar contigo.
Atravessei, morri atropelada.
Estrada da vida, porquê este castigo?
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3/11/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
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