(do meu livro «Ao correr da pena»)
Como a luz da candeia, sem azeite,
esmorece e vai, de alumiar, deixando,
assim, a minha vida sem deleite,
enfraquece; a pouco e pouco se apagando.
De muito que gostava, eu deixei.
Considero-as coisas, tão banais...
Exercícios do corpo, descurei.
Devagarinho, afasto-me dos mortais.
«Candeia à frente, alumia duas vezes»;
É frase antiga, dum ditado popular.
Que ninguém venha atrás de mim, porque os revezes,
já muito me fizeram tropeçar.
Não é porque um, ao poço, foi deitar-se,
que os outros vão atrás, para atirar-se.
---------------------------
22/02/2002
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
* Poema - Alentejo e girass...
* Poema - Encontro na marqu...
* Poema - Admirável mundo n...
* Poema - Meu universo rest...
* 10 blogs para conhecer no...
* Poema - Mais vale guardar...
* Os meus próprios blogs
* Ao Acaso
* Ecologia = Reciclagem e Ambiente
* Signos Poéticos e Divertidos
* Links que eu aconselho
* Suspirar