Domingo, 10 de Outubro de 2010

Poema - Faca afiada

(do meu livro «Meu mundo 'cá dentro'»)

 

No meu quarto, sozinha, meditando...

tiro uma teia, arrumo, aspiro pó;

enquanto na vidraça embaciando,

faço versos à vida e sinto dó.

 

Dó por este meu corpo, sem carinho,

que murcha como planta sequiosa.

Seca, dia a dia, devagarinho,

enquanto abelha sou, laboriosa.

 

Protegi o meu lar, enquanto pude,

já fui abelha mestra, sem rival.

Por conviver com gente um tanto rude,

 

ergui muros de pedra, dei-lhes cal.

Sou faca afiada, viro o gume

para quem, hoje, quer fazer-me mal.

 

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13/09/2002

Laura B. Martins

Soc. Port. Autores nº 20958

publicado por LauraBM às 23:01
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